Urge ˜problematizar” a dislexia. De tal forma que ela seja diagnosticada e tratada. De tal forma que sejam usados os métodos instrucionais mais adequados, que possam, inclusive, contribuir para sua prevenção.
Em um estudo conduzido por Barbiero e cols. (2012) com mais de 1500 crianças a prevalência de discalculia na Itália foi estimada como sendo 3%. Em 2/3 dos casos o problema não havia sido reconhecido anteriormente.
Isso significa que a dislexia é sub-diagnosticada e as crianças ficam sofrendo com as conseqüências das suas dificuldades de leitura, muitas vezes por anos. Pais e professores pensam que elas são burras ou mal-comportadas e adotam as medidas punitivas que consideram pertinentes. As crianças, por sua vez, também se consideram burras ou preguiçosas e têm sua auto-eficácia abalada. Ou então se revoltam.
O diagnóstico não serve apenas para rotular ou estigmatizar. O diagnóstico é libertador das nóias.
Referência
Barbiero C, Lonciari I, Montico M, Monasta L, Penge R, Vio C, Tressoldi PE, Ferluga V, Bigoni A, Tullio A, Carrozzi M, Ronfani L; CENDi (National Committee on the Epidemiology of Dyslexia) working group; Epidemiology of Dyslexia of Friuli Venezia Giulia working group (FVGwg). The submerged dyslexia iceberg: how many school children are not diagnosed? Results from an Italian study. PLoS One. 2012;7(10):e48082. doi: 10.1371/journal.pone.0048082.
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