As evidências disponíveis indicam que sim. Ao menos para falantes do
inglês. McArthur e cols. conduziram uma meta-análise em 2012 procurando
responder a essa pergunta. Eles conseguiram localizar 11 estudos com quase 800
participantes que satisfaziam requisitos metodológicos mínimos relacionados ao
diagnóstico, presença de grupo controle e qualidade da intervenção.
Os resultados indicaram melhoras estatisticamente significantes e com
magnitudes de efeito dignas de nota para a precisão da leitura de palavras (d =
0,47) e pseudopalavras (d = 0,76) bem como para o conhecimennto da
correspondência entre letras e sons (d = 0,36).
Os efeitos para a fluência de leitura (d = -0,51) e ortografia (d =
0,36) foram consideráveis mas não
atingiram significância estatística. Isso se deveu, provavelmente, ao reduzido
número de estudos de boa qualidade disponíveis.
Interessantemente, os efeitos do treinamento fônico sobre a compreensão
leitora foram desprezíveis (d = 0,17) e não atingiram níveis de significância
estatística.
Take home message
Os resultados sugerem que os mecanismos implicados na precisão,
fluência, ortografia e compreensão leitora
são ao menos parcialmente independentes e precisam ser especificamente
considerados no diagnóstico e intervenção.
Referência
McArthur G, Eve PM,
Jones K, Banales E, Kohnen S, Anandakumar T, Larsen L, Marinus E, Wang HC,
Castles A. Phonics training for English-speaking poor readers. Cochrane Database of Systematic Reviews 2012,
Issue 12. Art. No.: CD009115. DOI: 10.1002/14651858.CD009115.pub2.
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