(Publicado originalmente no FaceBook)
A caracterização dos dezenove tipos de dislexia foi desenvolvida por Naama Friedmann, da Universidade de TelAviv (http://www.tau.ac.il/ ~naamafr/). O trabalho da Naama Friedmann é relevante e original por vários motivos:
1. Não existe uma dislexia do desenvolvimento, mas várias e sua caracterização têm relevância clinica;
2. Aalguns subtipos de dislexia podem ser tratados de forma simples, eficiente e inusitada;
3. Apesar de serem menos freqüentes, as dislexias visuais existem e podem ser tratadas de forma empírica e teoricamente fundamentada;
4. A teoria cognitivo-neuropsicológica pode ser articulada com a clínica de uma maneira que tem conseqüências na vida dos clientes;
5. O modelo de dupla rota (vide Figura), atualizado e expandido, continua sendo o melhor referencial teórico para estudar as dislexias do desenvovlimento;
6. Além de conseguir incorporar descobertas novas, advindas da neuroimagem funcional, tais como o papel da área visual da forma das palavras, o modelo de dupla rota tem valor heurístico. Foi analisando os múltiplos pontos de vulnerabilidade previstos pelo modelo de dupla rota que Friedmann conseguiu dar sentido a manifestações clinicas de dislexia que até então não eram consideradas;
7. Apesar de o cérebro em desenvolvimento ser caracterizado pelo dinamismo das correlações estrutura-função e maiores possibilidades de remodelação neuroplástica, a neuropsicologia cognitiva continua sendo uma das ferramentas mais úteis para compreender a natureza das dificuldades subjacentes a diversos transtornos adquiridos e do desenvolvimento.
1. Não existe uma dislexia do desenvolvimento, mas várias e sua caracterização têm relevância clinica;
2. Aalguns subtipos de dislexia podem ser tratados de forma simples, eficiente e inusitada;
3. Apesar de serem menos freqüentes, as dislexias visuais existem e podem ser tratadas de forma empírica e teoricamente fundamentada;
4. A teoria cognitivo-neuropsicológica
5. O modelo de dupla rota (vide Figura), atualizado e expandido, continua sendo o melhor referencial teórico para estudar as dislexias do desenvovlimento;
6. Além de conseguir incorporar descobertas novas, advindas da neuroimagem funcional, tais como o papel da área visual da forma das palavras, o modelo de dupla rota tem valor heurístico. Foi analisando os múltiplos pontos de vulnerabilidade previstos pelo modelo de dupla rota que Friedmann conseguiu dar sentido a manifestações clinicas de dislexia que até então não eram consideradas;
7. Apesar de o cérebro em desenvolvimento ser caracterizado pelo dinamismo das correlações estrutura-função e maiores possibilidades de remodelação neuroplástica, a neuropsicologia cognitiva continua sendo uma das ferramentas mais úteis para compreender a natureza das dificuldades subjacentes a diversos transtornos adquiridos e do desenvolvimento.
Quem tiver interesse em se aprofundar um pouco mais nessas questões
pode assistir a uma
vídeo-aula da Naama Friedmann na internet (http:// www.college-de-france.fr/ site/en-stanislas-dehaene/ seminar-2015-02-10-11h00.ht m).
Sempre fui fã do modelo da dupla rota das dislexias. Fico muito entusiasmado ao ver como, ao longo dos anos, o modelo foi sendo aperfeiçoado, incorporando evidências novas e prevendo e interpretando fatos previamente desconhecidos. Kurt Goldstein dizia que os sintomas são apenas respostas às nossas perguntas. Para valorizar um comportamento como um sintoma em neuropsicologia faz-se necessário um modelo teórico das correlações anátomo-clinica que lhe atribua significado. Sem o modelo o neuropsicólogo está perdido. O modelo de dupla rota é o modelo do qual dispomos. Obviamente, todo modelo tem suas limitações. O modelo permite valorizar e compreender algumas coisas e não outras. O modelo pode funcionar como um buraco de fechadura, permitindo uma visão muito restrita da realidade. Por enquanto não é o caso do modelo de dupla rota. Ele foi se adaptando, expandindo, incorporando e prevendo fatos novos. Ainda é a principal ferramenta conceitual de que dispomos na neuropsicologia das dislexias
Sempre fui fã do modelo da dupla rota das dislexias. Fico muito entusiasmado ao ver como, ao longo dos anos, o modelo foi sendo aperfeiçoado, incorporando evidências novas e prevendo e interpretando fatos previamente desconhecidos. Kurt Goldstein dizia que os sintomas são apenas respostas às nossas perguntas. Para valorizar um comportamento como um sintoma em neuropsicologia faz-se necessário um modelo teórico das correlações anátomo-clinica que lhe atribua significado. Sem o modelo o neuropsicólogo está perdido. O modelo de dupla rota é o modelo do qual dispomos. Obviamente, todo modelo tem suas limitações. O modelo permite valorizar e compreender algumas coisas e não outras. O modelo pode funcionar como um buraco de fechadura, permitindo uma visão muito restrita da realidade. Por enquanto não é o caso do modelo de dupla rota. Ele foi se adaptando, expandindo, incorporando e prevendo fatos novos. Ainda é a principal ferramenta conceitual de que dispomos na neuropsicologia das dislexias
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